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Cubatão realiza homenagens no domingo (25) e segunda (26) nos 40 anos do incêndio da Vila Socó

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Os dias 24 e 25 de fevereiro estão cravados na história como lembrança de um dia trágico para Cubatão. O incêndio que atingiu a Vila Socó completa 40 anos e a Comissão da Verdade da OAB Cubatão com apoio da Prefeitura de Cubatão realiza homenagens em memória às famílias atingidas pelo incidente que, oficialmente, registra 93 vítimas. No domingo (25), às 9  horas, será celebrado Ato Ecumênico no Centro Comunitário da Vila São José (Rua São Francisco de Assis, 470). Contará com presença de autoridades das igrejas católica, evangélica e outras denominações e religiões que lembrarão os mortos na tragédia e a importância da luta por justiça. Será encerrado com um minuto de silêncio em memória dos mortos. Às 10 horas, ocorrerá o depósito de flores no monumento construído em homenagem às vítimas.

Já na segunda-feira (26), às 17 horas, será realizada uma Sessão Solene da Comissão à Memória, à Verdade e à Justiça, grupo que completa 10 anos de existência e apura o ocorrido no incêndio. O evento será no auditório da Ordem dos Advogados (OAB) de Cubatão, que fica na Rua São Paulo, 260, no Jardim São Francisco.

Programação: 

25/Fev. (domingo) – às 9 horas – Ato Ecumênico em homenagem às vítimas.

Local: Centro Comunitário da Vila São José, na  Rua São Francisco de Assis, 470

Domingo às 10 horas – Homenagem – depósito de coroa de flores no marco em homenagem às vítimas.

26/Fev. (segunda-feira) – às 17 horas – Sessão Solene por memória, verdade e justiça.

Local: Auditório da OAB/Cubatão – na Rua São Paulo, 260 – Jardim São Francisco.

 

Incêndio da Vila Socó – O incêndio teve início no dia 24 de fevereiro, invadindo o dia 25 de fevereiro do ano de 1.984, com vazamento de gasolina sobre o mangue na favela da Vila Socó, situada entre a via Anchieta (KMs 56 a 59) e Av. Tancredo Neves. Apesar do número oficial de vítimas apurado à época, 93 pessoas, há que se respeitar a Comissão da Verdade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Cubatão (constituída em 2014) que desenvolve trabalho, além de social, em busca de elementos que possam comprovar a realidade do número de vitimados naquela ocasião.

Os ensinamentos absorvidos pela Municipalidade sobre o acontecimento referem-se, especialmente, à proteção da vida humana e à preservação do meio ambiente, uma vez que as medidas tomadas após o incêndio entrelaçam-se com as ações assumidas em prol da recuperação ambiental do município que culminou, inclusive, no reconhecimento mundial de Cubatão como Cidade Símbolo de Recuperação Ambiental na ECO-92, conferência das Nações Unidas (ONU) pelo meio ambiente realizada no Rio de Janeiro, em 1992. Ficou a responsabilidade compartilhada pelo poder público e indústrias em gerar desenvolvimento econômico e progresso industrial em harmonia com o meio ambiente, protegendo a comunidade.

De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Cidadania (SSPC), após o incidente, toda a área da Vila Socó, atualmente denominada Vila São José, foi aterrada culminando no consequente aterro da tubulação, além de controle rigoroso da tubulação por meio de sofisticados equipamentos que monitoram a pressão e resistência dos tubos de maneira diária, incluindo as condições climáticas, além da ampla sinalização da área. Segundo especialistas, a tragédia foi um marco para a área de emergência na época. A SSPC informa que a partir desse incidente, foram intensificados sistemas de apoio para respostas mais rápidas e eficientes envolvendo todas as indústrias do Parque Industrial:
– o Plano de Auxílio Mútuo (PAM) que embora existisse desde 1978, só passou a funcionar efetivamente na década de 80, tornando-se referência regional, e mantem um sistema de combate a acidentes de qualquer natureza que possam colocar em risco vidas, meio ambiente, patrimônio público ou privado no Polo e na Baixada Santista;
– o Plano de Contingência que envolve todas as secretarias municipais da Prefeitura de Cubatão que estão preparadas para responder eventuais emergências do tipo.

Após o incêndio, a Petrobras construiu, por meio de convênio com a Prefeitura Municipal, núcleo residencial  formado por 400 casas, na Vila São José. Sobreviventes da tragédia da Vila Socó foram indenizados e passaram a habitar o local que foi totalmente urbanizado, recebendo escola, creche, posto de saúde, infraestrutura urbana e calçamento. A partir de 2017, o bairro passou por processo de regularização fundiária e em 2019, essas 400 famílias iniciaram o processo de recebimento das escrituras definitivas de seus imóveis, tornando-se oficialmente proprietárias do terreno. A Vila São José possui cerca de 5 mil moradores, de acordo com o último censo divulgado pelo IBGE (2010).

Por: Secom Cubatão

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