Cubatão foi tema do ‘Summit’ promovido pelo Grupo Tribuna nesta quarta (17). Encontro aconteceu no auditório do Grupo, em Santos, e reuniu autoridades, especialistas das áreas de habitação, finanças e industrial. O prefeito Ademário abriu a tarde de palestras, destacando o trabalho do Governo especialmente na área habitacional. Falou sobre a importância de integralizar os bairros de periferia à cidade, trazendo moradias e serviços dignos. “Com as duas grandes urbanizações que acontecem de maneira simultânea e outras ações de regularização esperamos que Cubatão seja a primeira cidade a zerar o déficit habitacional dentro de 10 anos”, disse o prefeito. A deputada estadual Solange Freitas também participou do encontro e em suas palavras destacou que a mudança habitacional das comunidades proporciona que executivo e legislativo implementem com mais facilidade políticas públicas, trazendo desenvolvimento.
Antes dos paineis, o ‘Summit’ contou com momentos de tributo: o jornalista Manuel Alves Fernandes, o Maneco, setorista do Jornal A Tribuna em Cubatão por mais de 40 anos, foi homenageado. Maneco batiza um dos mais emblemáticos equipamentos urbanos de Cubatão, a conhecida Ponte do Arco-Íris, que faz ligação de mobilidade entre a indústria e o Centro da cidade. Depois, o prefeito entregou uma placa em celebração aos 130 anos do Jornal A Tribuna a Marcos Clemente Santini, diretor-presidente; Roberto Clemente Santini, diretor-vice-presidente; e Renata Cipriano Santini, diretora-vice-presidente do Grupo Tribuna. Alunos da Camerata de Violões do Programa Cubatão Sinfonia, patrocinado por empresas do polo industrial (Cmoc, Bequisa e Unipar) também se apresentaram no evento.
Paineis – O primeiro painel foi conduzido por Rodolfo Amaral, coordenador do Data Center Brasil e fez uma análise completa da cidade de Cubatão, incluindo dados financeiros e sobre a área industrial. O segundo encontro, ‘Para além da habitação’, contou com a participação de Andrea Castro, secretária municipal de Habitação. Andrea explicou detalhes sobre as duas grandes ações de urbanização que ocorrem atualmente na cidade.
Na Vila Esperança, as mudanças vão atingir 19 mil famílias. As ações já estão avançadas com a construção de 1.010 unidades habitacionais, obras de infraestrutura, escolas, áreas de lazer e uma Via Ecológica Perimetral de 9km de extensão. “É um projeto completo que pensa soluções para essas comunidades de maneira integral, levando em conta o que chamamos de ‘urbanismo social. É muito mais do que construir edifícios e espaços. Pensamos a comunidade com um todo, seus anseios e preocupações, contemplando os moradores para que continuem vivendo em seu território, porém com mais dignidade”, comentou Castro ao fornecer informações importantes do bairro obtidas no diagnóstico socioeconômico entregue recentemente.
Segundo ela, o modelo ambiental de urbanização vai trazer impacto extremamente positivo à Vila Esperança, uma vez que todas famílias que atualmente vivem em palafitas nesse bairro terão oportunidade de ocupar moradias regulares, devolvendo ao mangue a área hoje degradada. O avanço do processo prevê recuperação ambiental equivalente a uma área de 16 campos de futebol e, consequentemente, o resgate da fauna no manguezal. Sobra a Via Ecológica Perimetral, a ideia é de que funcione como barreira física de controle das invasões no mangue, uma vez que irá delimitar o bairro, trazendo também mobilidade à comunidade.
Sobra a Vila dos Pescadores, a secretária destacou, além da obra do Viaduto do bairro – que está avançada, moradias de interesse social, aberturas de ruas e a construção de 80 casas flutuantes, à beira do rio, feitas de aço naval e madeira ecológica. Abrigarão moradores durante as obras e, depois, servirão como áreas de lazer, entretenimento, gastronomia, mercado de peixe, etc. Essa urbanização modificará completo a vida de 9 mil famílias.
O prefeito Ademário Oliveira destacou que todos os recursos das obras de habitação fazem parte do Fundo Habitacional da cidade, o que garante tranquilidade para continuidade do processo. “Destaco que o fundo habitacional é blindado por lei. Nosso objetivo é que esses recursos sejam usados para esse propósito da urbanização, por isso estamos tentando deixar os contratos empenhados na sua totalidade”.
Maria Cláudia Pereira, superintendente de Planejamento e Programa Habitacionais da CDHU, também participou da mesa e salientou que Cubatão tem 34% da produção da Companhia na Baixada Santista e citou o Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar, realizado nos bairros Cota, como case de sucesso no assunto de urbanização. De acordo com o prefeito, a participação do Governo Estadual em todo processo de urbanização é indispensável: “Trabalhando dessa forma, podemos tornar mais difícil a possibilidade de entrar alguém com pensamento diferente e interromper as ações já iniciadas. É necessário que o trabalho de urbanização prossiga”, completou Ademário.
O polo industrial de Cubatão e mudança da matriz energética – O último painel do ‘Summit Cubatão’ reuniu o prefeito de Cubatão, o diretor do Senai-Cubatão Daniel Rodrigues, o presidente do Ciesp-Cubatão Américo Neto e Caio Cristófalo, gerente de Projetos do InvestSP. A mudança da matriz energética como determinante para estimular o crescimento do polo industrial de Cubatão, seja na instalação de novas empresas ou no potencial produtivo. A capacitação de mão-de-obra local também foi tema importante. O diretor do Senai Cubatão destacou que o Serviço tem acompanhado a mudança na indústria e espera que a indústria realize a absorção trabalhadores locais.
Já o representante da InvestSP informou que o case de sucesso de Cubatão na questão da recuperação ambiental – a cidade recebeu o título de ‘Cidade Símbolo da Ecologia’ durante a Eco92 da ONU – tem sido o principal atrativo junto aos investidores internacionais. “Depois que citamos o compromisso ambiental de Cubatão nos últimos 30 anos, o interesse aumentou, pois é um diferencial extremamente positivo”, afirmou Caio Cristófalo. Ele destacou, também, a infraestrutura já existente no polo industrial que inclui as rodovias e a proximidade com o Porto de Santos e a Capital.
Ademário Oliveira ressaltou atualmente Cubatão é o maior apoiador logístico do Cais Santista e isso é um diferencial muito positivo. “O polo industrial da cidade continua inovando. Seremos o primeiro município a produzir querosene verde no Brasil, isso é importante dizer. Cubatão já passa por um processo de transição para o futuro, já somos uma nova Cidade”, finalizou o prefeito.
Por: Secom Cubatão
Fotos: Thiego Barbosa/Secom Cubatão