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Cultura promove série de eventos na Semana Afonso Schmidt

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Exposições, palestras e oficinas movimentam Biblioteca Municipal e praças da cidade

A Secretaria de Cultura de Cubatão promove uma maratona de eventos na 44ª Semana Afonso Schmidt, de 24 a 28 deste mês. Além de exposição de fotos e projeção de filmes, haverá oficinas de arte e de produção de texto, lançamento de revista, exposições e encontro de escritores, sempre na Biblioteca Municipal Professor João Rangel Simões, na Avenida Nove de Abril, 1.977. Afonso Schmidt nasceu em Cubatão em 29 de junho de 1890 e morreu em São Paulo em 3 de abril de 1964. Foi jornalista, escritor, dramaturgo, e participou ativamente da política brasileira.
A semana tem início dia 24 (segunda-feira), com palestras do historiador Francisco Rodrigues Torres, às 10 e 15 horas, sob o tema “Afonso Schmidt – Cidadão do Mundo”, no auditório. Ainda no dia 24, das 8 às 12 e das 13 às 17 horas, ocorre a abertura da Sala Afonso Schmidt, com objetos e fotos do poeta-escritor, e também a Exposição Fotos e Fatos, em murais dispostos na calçada e corredores da biblioteca.
Já das 14 às 16 horas, na sala de pesquisa, tem a oficina de arte “Releituras: Poesias de Afonso Schmidt interpretadas por desenhos”, com a artista visual Dani da Guarda. Evento destinado a crianças de 7 a 12 anos.
Dia 25 (terça-feira), das 9 às 12 horas, tem manhã musical, com recital da Escola Técnica de Música e Dança “Ivanildo Rebouças da Silva”. E das 14 às 16 horas, a ilustradora Nice Lopes coordena a oficina de arte “Autorretratos com carimbos”, para crianças de 7 a 12 anos.
Dia 26 (quarta-feira), manhã musical com a Associação Laranjeira, do bairro Pilões, das 9 às 12 horas. Já das 15 às 17 horas, ocorre bate-papo literário com escritores cubatenses. A oficina de arte “Dobradura”, com a contadora de histórias Nalva Leal, acontece das 14 às 16 horas, na sala de pesquisa.
Dia 27 (quinta-feira), das 15 às 17 horas, sessão de curta-metragens e ‘teasers’ variados com o tema universo literário, sob a curadoria de Madeleine Alves. Já das 19 às 22 horas, os editores Valdir Alvarenga e Irene Estrela Bulhões lançam a edição nº 105 da Revista Mirante.
Dia 28 (sexta-feira), das 8 às 12 horas, a calçada em frente à biblioteca ganhará uma banca para doação de livros, com o apoio da Editora Escala. No mesmo horário tem a exposição de textos de alunos da rede municipal de ensino elaborados com base nas obras de Afonso Schmidt.
A partir das 10 horas estão programadas atividades culturais incluindo a doação de livros e sarau literário na Praça Afonso Schmidt (próximo da Rodoviária), Vila Couto.
Das 15 às 17 horas, o arquiteto Carlos Roque coordena um bate-papo sobre seus trabalhos com Urban Sketchers Santos e Rio de Janeiro, com exposição de desenhos. E das 19 às 22 horas, tem noite de autógrafos do escritor cubatense Natan Alencar. Ele lança o livro “Flores e Pedregulhos”.
Dia 29 (sábado), às 20 horas, tem ensaio aberto Coletivo 302 – Espetáculo “Vila Parisi”, no Cruzeiro Quinhentista (classificação 16 horas).
Biografia – Filho de João Afonso Schmidt e de Odília Brunckenn Schmidt, o escritor foi morar em São Paulo, no bairro do Brás, em 1904. Foi onde iniciou seus primeiros estudos no Grupo Escolar do Brás, e mais tarde, no Grupo Escolar do Oriente. De acordo com a Biblioteca Nacional Digital, seu interesse pelo jornalismo surgiu ainda criança, aos 12 anos, quando “compôs e imprimiu jornaizinhos, que não tinham leitores, a não ser pessoas da casa”. Desde então, Afonso passou a idealizar suas primeiras aventuras jornalísticas.
Aos 16 anos, iniciava a trajetória como escritor publicando com Oduvaldo Viana (1892-1972) o semanário literário ZigZag. Antes, entretanto, já colaborava em alguns jornais da cidade. Nesse mesmo ano (1906) viajou para a Europa. Na época contava somente com a ajuda financeira de seu pai. Nesta aventura, primeiramente, foi para Lisboa e depois seguiu para Paris. Tempos depois voltou ao Brasil fixando-se na Baixada Santista, onde funda o periódico Vésper. Em 1911, publica seu primeiro livro de poesias, intitulado Janelas Abertas.
Em 1913, pela segunda vez volta à Europa, e desta vez vai para Milão. Lá consegue emprego em um jornal como correspondente em língua portuguesa. Permanece em Milão por apenas três meses. Volta para o Brasil, e mais uma vez se estabelece em Santos. Mais tarde retorna ao Rio de Janeiro, tornando-se diretor do jornal Voz do Povo da Federação Operária, periódico de tendências esquerdistas, no período entre 1918 e 1924.
De volta para São Paulo, trabalhou nos jornais Folha de São Paulo e no Estado de São Paulo. Foi na Folha que publicou, como folhetim, os romances A Sombra de Julio FrankZanzalá A Marcha, este fazendo referência à abolição.
A obra de Schmidt é extensa e marcada por romances no qual fala sobre lutas sociais e política nacional. Em A Locomotiva escreve sobre a Revolução Constitucionalista de 1932.  Foram mais de 40 livros publicados, dentre os quais destacamos: O Menino Filipe (romance), A Vida de Paulo Eiró e São Paulo de meus Amores (crônicas), O Tesouro de Cananéia (contos) e A Primeira Viagem (autobiográfico).
Ganhou o Troféu Juca Pato, em 1963, como intelectual do ano. Patrono da cadeira 138 do Instituto Histórico e Geográfico de Santos, e membro da Academia Paulista de Letras ocupando a cadeira de nº 10 cujo patrono é Cesário Mota Jr. (1847-1897).
 
Texto: Melchior de Castro Jr

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