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Saiba como funciona a Saúde Mental nas unidades de saúde de Cubatão

Cidade conta com psicólogos na Atenção Primária à Saúde, nas unidades básicas
  • 5 min de leitura

As 18 unidades de Saúde espalhadas pela cidade não oferecem apenas vacinas, consultas e procedimentos básicos. Elas são a porta de entrada para todas as pessoas que precisam do Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive atendimentos em Saúde Mental.

Com o objetivo de promover a Saúde Mental e ampliar o acesso da população a psicólogos e profissionais da especialidade, a Secretaria de Saúde de Cubatão tem promovido uma nova estruturação do setor na Atenção Primária à Saúde, integrando equipes e também as ações da Saúde com as secretarias de Educação e Assistência Social. Resultado: na área de Saúde Mental, entre janeiro e maio de 2024, foram realizados 1.819 atendimentos individuais e 90 atividades em grupos, além de 120 ações de educação permanente.

A psicóloga Sandra Quixadá conta que começou a prestar atendimento domiciliar a um paciente da Vila Esperança após a necessidade de atendimento psicológico ter sido identificada pela generalista da unidade de Saúde. “Esse caso é de um paciente acamado que teve a perna amputada. A médica entendeu a necessidade do atendimento psicológico e eu fui à casa do paciente com a ACS (Agente Comunitária de Saúde)”. Nesse caso, a integração foi fundamental para que a pessoa pudesse ter acesso ao tratamento.

O caso acima é um exemplo de que não é preciso ter alguma doença mental para ter acesso a atendimento psicológico. Sintomas de ansiedade por causa de uma apresentação escolar ou entrevista de trabalho ou mesmo pelas incertezas da existência e condições de vida, luto, depressão. Todos podem precisar de cuidado com a Saúde Mental e as unidades de Saúde de Cubatão estão de portas abertas para receber a população.

Além das situações detectadas pelo ACS ou pelo médico durante visita domiciliar, qualquer pessoa pode se dirigir a uma unidade de Saúde e solicitar o atendimento psicológico. Chegando à unidade, o cidadão e a cidadã passam pelo acolhimento inicial (agendado ou na hora, de acordo com a disponibilidade do profissional). “É no acolhimento que entendemos qual a real necessidade. É a primeira escuta. Depois marcamos atendimento individual ou em grupo ou, caso haja necessidade, o encaminhamento para outros equipamentos da Saúde Mental como o Caps, Caps infanto-juvenil ou ambulatório”, conta a psicóloga.

Os atendimentos em grupo ocorrem em conjunto com as atividades de cada unidade, grupo de mulheres, mães, Hiperdia (pressão alta e diabetes), entre outros, de acordo com a demanda de cada território, sua realidade e necessidades.

PLANEJAMENTO – A reestruturação do setor começou a ser pensada antes da covid-19 e tornou-se imprescindível após o incremento nos problemas de Saúde Mental após a pandemia, especialmente os transtornos de ansiedade e depressivos, além do aumento de casos de dependência química e violência de variadas formas.

A Secretária de Saúde, Andréa Pinheiro Lima, destaca que a Prefeitura de Cubatão respondeu esse desafio com o novo modelo na Atenção Primária em sintonia com as especialidades, ainda mais depois da entrega realizada em abril do complexo em Saúde Mental reunindo um novo prédio para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), um Ambulatório em Saúde Mental e o Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSij), novidade na infraestrutura do setor.

“Já estávamos pensando na ampliação da estrutura do CAPS e dos serviços de Saúde Mental desde antes da pandemia e a chegada do coronavírus só fortaleceu em toda a sociedade a importância da Saúde Mental como um direito para todos”, avalia.

Por outro lado, ganhou força a estratégia de realização de ações de promoção e prevenção em Saúde Mental. De três, o número de psicólogos na Atenção Primária à Saúde passou para nove, uma média de um profissional para cada duas unidades, uma cobertura que não é encontrada em nenhum outro município da Baixada Santista. Os psicólogos nas unidades de Saúde realizam ações como acolhimento e atendimento psicológico individual, estratégias grupais, visitas domiciliares, ações de articulação junto a escolas e unidades da Assistência Social.

“Estamos mais próximos do território onde as pessoas vivem e de conhecer as histórias de vida das pessoas e dos vínculos com a equipe multidisciplinar e ACSs. É por este atendimento multi e humanizado que reconhecemos e atendemos demandas de Saúde Mental”, complementa a psicóloga Sandra Quixadá.

O dia a dia é acompanhado pelo Grupo de Trabalho da Saúde Mental na Atenção Primária, coordenado pelo Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPS), que se reúne uma vez por mês para definição de protocolos e rotinas e discussão de casos.  O NEPS é o responsável também pelo Programa Intersetorial de Promoção e Prevenção em Saúde Mental, que reúne ações integradas de políticas públicas das secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social no município, cuja base é a estruturação semelhante das três pastas nos territórios.

Por: Secom Cubatão
Fotos: Divulgação PMC

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