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Alunos da rede pública vão ao cinema e assistem aos próprios trabalhos realizados nas ‘Oficinas Querô’

Curta dos estudantes da UME Nóbrega teve maior número de visualizações nas redes do Querô: 7 mil pessoas clicaram no vídeo 'Quem ri por último...'
  • 6 min de leitura

O projeto “Querô nas Escolas” existe desde 2010  como forma de levar a acessibilidade da arte para alunos da rede pública de ensino da Baixada Santista. Uma prova disso ocorreu na tarde desta quarta (13) e foi de maneira especial, com direito a cartaz das respectivas produções cinematográficas, possibilitando aos alunos integrantes do projeto em Cubatão acompanharem os curtas que produziram na telona do Cine Roxy, no Anilinas. Pelo menos 200 estudantes participaram. Eles estão matriculados em 10 escolas da rede, sendo 8 da rede municipal e duas da estadual. O projeto acontece em Cubatão com apoio e parceria da Secretaria Municipal de Educação.

Em uma sessão de mais de uma hora com 20 exibições produzidas que passaram de forma simultânea nas duas salas do cinema, os alunos  tiveram uma surpresa: foi anunciado o nome da escola cujo “curtinha” obteve mais visualizações nas redes sociais do Querô. E a vencedora foi a UME Padre Manoel da Nóbrega, do Casqueiro, com o curta  “Quem ri por último…”, que alcançou 7 mil visualizações em 10 dias dentro das páginas de internet do próprio projeto. A comemoração foi imediata.

Entre os estudantes das 10 escolas cubatenses, foi consensual que as oficinas ‘Querô nas Escolas’ mexeu de alguma forma com eles, um impacto positivo no despertar para novas possibilidades. Dois deles,  Kauã Lima, 15 anos, e Ana Clara, 14 anos, são alunos da Escola cujo curta se destacou nas redes sociais. “Foi uma das melhores experiências que tive na escola este ano. Participar desse projeto despertou em mim a vontade de fazer cinema. O audiovisual encanta a gente pela sua diversidade de atuação. É um caminho que quero seguir”, confessou Kauã. “Gostei muito, foi uma experiência incrível. Também fiquei apaixonada pelo audiovisual”, expressou Ana Clara, também estudante da unidade Nóbrega.

As gestoras Cátia Cristina, representando a Secretaria Municipal de Educação, e Adriana Cursino, da Diretoria de Ensino do Estado, fizeram questão de prestigiar o evento.

 

Confira abaixo as dez escolas cubatenses participantes  e o nome dos respectivos curtas:

UME Prof. Luiz Pieruzzi Neto  (Vila Nova) – Benditas perucas;

UME João Ramalho  (Vila Nova) – O começo do fim…;

UME Mário de Oliveira  (Vale Verde) – Ini (Migs) da Moda;

UME Ulisses Guimarães (Vila Natal) – Maxi-Lysses;

UME Padre Manoel da Nóbrega ( Jardim Casqueiro) – Quem ri por último…;

UME Rui Barbosa (Ilha Caraguatá) – O Roubo Ruilitos;

UME  Usina Henry Bordem  (Vila Light) – Dois Planos;

UME Bernardo José Maria de Lorena (Vila Nova)  – Confusão Elegante;

E.E. Zenon (Fabril) – Excursão ou Equação?

E.E. Prof. Valdomiro Mariani, (Jardim Real- Bolsão 9) – 100 Palavras.

 

Como funciona a Oficina de produção de curtas de até 3 minutos? – Idealizado como uma atividade complementar ao ensino, o ‘Querô na Escola’ oferece a alunos de escolas públicas uma experimentação no audiovisual, produzindo filmes de até 3 minutos com temas sociais e do universo escolar, buscando estimular a conexão entre a escola, o bairro e a comunidade. O projeto conta com várias parcerias de empresas e teve o apoio da Prefeitura de Cubatão, via Seduc, e do Ministério da Cultura, por meio de recursos da Lei Rouanet.

Pelo projeto, durante as atividades, os professores também são convidados a participar, com a intenção de incentivar alunos e os docentes a utilizarem o audiovisual em sala de aula. Também é uma das primeiras experiências no mundo do trabalho para jovens capacitados nas Oficinas Querô. Como arte-educadores, eles realizam oficinas de produção audiovisual com os alunos, aplicando dinâmicas de sensibilização, ensinando a desenvolver um roteiro e a manusear os principais equipamentos audiovisuais, ampliando diálogos com jovens por meio do audiovisual.

Existência e propósitos – De acordo com os organizadores, “em 14 anos de existência, mais de 10 mil alunos das redes públicas de ensino da Baixada Santista já foram sensibilizados pelo projeto, resultando em 281 curtas produzidos. São realizados 20 filmes por ano, 10 deles em Cubatão e a outra metade, em Santos”, explica o material de divulgação do Projeto, que tem como propósitos principais: ampliação do acesso à produção cultural da atualidade; uso da cultura e da arte como instrumento educativo para ensinar temas diversos em um ambiente divertido e criativo; estimular no jovem seu potencial crítico mediante situações sociais; estimular no jovem a produção audiovisual; estimular um melhor relacionamento entre aluno, professor e escola/instituição, com a realização de oficinas multidisciplinares; e estimular a apropriação do bem público/escolar nos alunos.

Luan Maciel é um dos  jovens capacitados no Querô em 2014 e atualmente é diretor de produção em audiovisual. “Em 2022,  tive o convite para ingressar como produtor líder desse projeto no qual encontrei minha vocação na arte-educação. Junto com a equipe, todos também capacitados no projeto de extensão de audiovisual Oficinas Querô, realizamos oficinas de cinema durante três dias e produzimos um curta de até três minutos. Agora, no final do ano, chegou o momento da parte mais aguardada: os alunos verem seus trabalhos no cinema”, explicou Maciel.

De acordo com o ‘Querô nas Escolas’, mais de 1.500 alunos da região (8º e 9º anos) participaram das sensibilizações para conhecer o formato do projeto este ano, sendo 502 deles em Cubatão. Destes, 248 foram selecionados. “Quem acompanhou a chegada dos alunos ao Parque Anilinas pôde presenciar a expectativa deles. A alegria tomava conta quando cada turma se deparou com o cartaz de divulgação do próprio curta-metragem, como acontece com os filmes, transmitindo aos estudantes a sensação de artistas do cinema. Isso é muito legal”, comentou Mayara Gomes, uma das arte-educadoras das aulas. “Nos três dias que nós estivemos com eles, o nosso papel foi transmitir noções de conhecimentos de som, fotografia, roteiros e gravação. Enfim, da teoria à prática da arte do audiovisual. São histórias engraçadas ou de cunho social, mas sempre transmitindo uma mensagem para o tema ao qual eles escolheram”, ressaltou Mayara.

 

Texto e fotos: Secom Cubatão

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