A presença da cultura negra e o fato de cerca de 56% da população brasileira ser composta por negros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não têm sido suficientes para eliminar desigualdades e estereótipos racistas. Foi esse o assunto da parada pedagógica na Associação Comercial e Industrial de Cubatão (ACIC), na Vila Paulista, nesta sexta-feira (13).
Divididos entre manhã – das 8h30 às 10h30 – e tarde – das 13h30 às 16 horas –, os professores dos anos finais ensino fundamental participaram de uma formação pedagógica focada em leitura e educação antirracista. Assim, a palestra, realizada por Cristiane Fernandes Tavares, mestre em Literatura e Crítica Literária, teve o tema “Coexistência de alteridades: leitura de mitopoéticas negras na sala de aula”.
Dança também é criticismo – A Escola Técnica de Música e Dança “Ivanildo Rebouças da Silva”, na Vila Nova, também sediou importantes discussões pedagógicas. Marcela Gomes Moura Ribeiro, bailarina e professora, palestrou sobre a importância do ensino da dança desde a primeira infância até os anos finais do ensino médio, enfatizando o impacto da expressão no desenvolvimento integral dos alunos.
Já o educador artístico Marcelo Silveira Petraglia abordou o papel da educação musical, abrangendo desde os anos iniciais até o ensino profissional, destacando como a música pode ser um catalisador para a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal.
Em movimento, eles aprendem – O sócio-diretor do ASAS Terapias, Luiz Christiano Medeiros Nogueira abordou o estudo da relação entre o corpo, a mente e as emoções na UME Bernardo José Maria de Lorena, na Vila Nova. Trata-se da “psicomotricidade”, que destaca a importância do desenvolvimento motor e cognitivo durante a infância.
Mesmo com as formações para 400 professores, os alunos da rede municipal não tiveram aulas prejudicadas. Houve ajustes nos horários da grade curricular para garantir essas atividades formativas, que são tradição na cidade: são pelo menos 10 anos de história, refletindo o compromisso contínuo da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), com a excelência na educação.
Segundo Danielle Souza, professora e assessora de formação para educação especial e inclusão no Centro de Apoio Pedagógico e Formação Continuada, os encontros aprimoram a atuação dos educadores no município. “É uma retomada relevante que cumpre formações para cada segmento. Olhar para as crianças que temos e trazer especialistas que compartilhem informações traz para a nossa educação um olhar diferenciado, atencioso e muito mais direcionado”, afirma.
Por: Secom Cubatão
Fotos: Isadora Vasconcelos/ Estagiária de Jornalismo