“Pescadores de Histórias”: este é o projeto que o Instituto Socioambiental e Cultural da Vila dos Pescadores (ISAC-VP) lança nesta sexta-feira (dia 9), às 19 horas, na UME Estado do Pará, na entrada do bairro, em Cubatão, na Baixada Santista. O projeto é apoiado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
A iniciativa terá duração de dois anos e vai oferecer oficinas de meio ambiente, cinema, teatro, empreendedorismo, geração de renda, costura criativa, customização de roupas e acessórios e muito mais. Tudo para que, no final dos cursos, os participantes consigam realizar uma grande mostra com o material de audiovisual produzido e as peças teatrais.
Um outro grande legado será o lançamento de uma marca própria de roupas da Comunidade, que serão projetadas, produzidas e comercializadas pelos próprios moradores.
Junto a tudo isso, os alunos do projeto farão inserções constantes pelo próprio bairro, visitarão os manguezais e rios que circundam a região e de onde parte dos moradores que vivem ali ainda tira o seu sustento com a pesca e a cata de caranguejos e mariscos. A ideia é resgatar a história e a origem caiçara do núcleo.
“O bairro onde vivemos, Vila dos Pescadores, recebeu este nome justamente porque aqui começou como uma pequena vila de pescadores artesanais. Esses rios foram, por muito tempo, nosso principal ganha-pão. E é preciso preservá-los. Mas a gente só preserva e dá valor àquilo que conhecemos. Por isso, colocamos no projeto a importância do autoconhecimento, da busca pela identidade da nossa origem”, explica Marly Vicente, fundadora do ISAC-VP.
Durante o evento serão divulgados o novo site e as redes sociais do ISAC, por meio dos quais os interessados poderão acessar as informações necessárias para as inscrições no projeto, que estarão abertas de 15 de dezembro/22 à 15 de janeiro/23. “Acredito que será um projeto histórico que realmente fará com que toda a comunidade pesque a sua história de volta”, diz Marly.
O secretário municipal de Assistência Social, Sebastião Ribeiro ‘Zumbi’, destaca o caráter comunitário do projeto. “É de extrema relevância para aquela comunidade que as histórias e especialmente as pessoas que ajudaram a erguer o bairro sejam conhecidas e valorizadas. É um resgate essencial para esta localidade que vive transformações constantes”, afirmou o secretário, desejando muito boa sorte à iniciativa.
Foto: Divulgação ISAC-VP
